CONNOR MARTELL recebeu seu bacharelado em finanças pela Texas Christian University e seu MBA pela Florida State University. Connor trabalhou como assessor legislativo na Câmara dos Representantes da Flórida de 2019 a 2021 e depois passou dois anos trabalhando como professor, inicialmente lecionando no jardim de infância e na primeira série, depois lecionando no ensino fundamental e médio. Connor foi bolsista residente de verão de 2023 no Mises Institute e atualmente é estudante de doutorado na Texas Tech University.
Em 1964, Leonard Read escreveu uma genealogia da perspectiva de um lápis, demonstrando a vasta e complicada teia da estrutura de produção que é manipulada pela divisão do trabalho em mercados livres. Eu, o Lápis explicou que ninguém sabe fazer um lápis por causa da miríade de processos de produção envolvidos:
Minha árvore genealógica começa com aquilo que de fato é uma árvore de verdade, um cedro nascido da semente que cresce no nordeste da Califórnia e no estado do Oregon. Agora visualize todas as serras e caminhões e cordas e outros incontáveis instrumentos usados para cortar e carregar os troncos de cedro até a beira da ferrovia. Pense em todas as pessoas e suas inumeráveis capacidades que concorreram para minha fabricação: a escavação de minerais, a fabricação do aço e seu refinamento em serras, machados, motores: todo o trabalho que faz com que as plantas passem por vários estágios até se tornarem cordas fortes e pesadas; os campos de exploração de madeira com suas camas e refeitórios, a cozinha e a produção de toda a comida para os lenhadores. Milhares de pessoas têm participação em cada copo de café que os lenhadores bebem.
O lápis então detalhava o trabalho restante necessário para a sua produção, que incluía a fabricação de vagões, trilhos e locomotivas; envio das toras; desenvolvimento de sistemas de comunicação; fornecimento de calor, luz e energia; construção de uma fábrica; forja de ferramentas de mineração; mineração de grafite; e enviar os materiais para um só lugar. Continuando, descreveu os materiais necessários para pintar os lápis e o processo de pintura rotulagem e adição de pontas de latão; mineração de zinco e cobre para fazer o latão; e fabricação da borracha.
Tudo depende de uma coisa em comum: energia
Embora a divisão de trabalho necessária para fabricar um lápis seja impressionante, considere quantas etapas a mais são necessárias para fabricar coisas complicadas, como smartphones ou computadores. No entanto, cada etapa requer um recurso específico – energia. Quando as pessoas discutem os combustíveis fósseis, normalmente pesam os prós e os contras da eletricidade em suas casas e do combustível em seus carros. Elas geralmente não consideram o que foi necessário para construir aquelas casas e carros – muito menos os lápis que usam para escrever. Alex Epstein, defensor dos combustíveis fósseis, escreve em seu livro Fossil Future: Why Human Flourishing Requires More Oil, Coal, and Natural Gas-Not Less (Futuro fóssil: por que o florescimento humano global requer mais petróleo, carvão e gás natural – e não menos) sobre as máquinas necessárias para construir casas:
A moradia sem precedentes de hoje só é possível porque a indústria de construção de hoje, como a indústria de alimentos, emprega uma equipe enorme de trabalhadores de máquinas movidas a combustíveis fósseis que, de maneira econômica, fazem quantidades incríveis de trabalho para nós.
Essas máquinas trabalhadoras incluem:
* máquinas de escavação que permitem a um ser humano cavar e mover enormes quantidades de terra para abrir espaço para as fundações de edifícios robustos;
* máquinas de nivelamento que permitem que um ser humano aplaine facilmente trechos irregulares e instáveis de terra para torná-los adequados para estruturas grandes e niveladas;
* máquinas de elevação, como guindastes, que podem levantar enormes quantidades de peso que, se puderam ser levantadas antes, levaram anos de trabalho escravo;
* as máquinas que chamamos de ferramentas elétricas, que permitem aos seres humanos combinarem sua destreza com grande quantidade de energia para tarefas de precisão como martelar, prender e serrar;
* máquinas compactadoras que tornam sólido o solo sob os edifícios;
* máquinas de corte que derrubam árvores para dar lugar à habitação humana;
* máquinas de pavimentação que constroem as estradas incríveis que interligam nossos abrigos;
* máquinas de mineração que extraem todas as matérias-primas envolvidas em nossas incríveis construções, desde ferro e carvão para o aço até alumínio, cobre e areia; e
* máquinas de alto calor usadas para transformar materiais extraídos em materiais utilizáveis vitais, como cimento, aço e plásticos.
Sem esses completamente desvalorizados trabalhadores mecânicos movidos a combustíveis fósseis aumentando radicalmente a capacidade de produtividade dos humanos, moradias de alta qualidade estariam fora do alcance da grande maioria das pessoas no que é o mundo empoderado de hoje.
E isso é apenas para a construção de moradia.
Uma discussão sobre os benefícios econômicos únicos dos combustíveis fósseis no que se refere à construção de casas poderia facilmente parar por aí; porém, se também aplicarmos a genealogia de Read, fica claro que cada uma das máquinas listadas também conta com sistemas complexos de máquinas e processos que requerem energia. Na analogia do lápis, Read lista a energia hidrelétrica que opera a usina que ele cita, mas sem a fonte econômica de energia única de combustíveis fósseis, nunca se poderia fornecer energia de forma confiável a cada etapa do processo. Isso também se aplica a produtos mais complicados, como telefones ou computadores. E, como explicou Epstein, o processo de construção de moradias de alta qualidade que consideramos seguras hoje seria impossível sem combustíveis fósseis.
Falando sobre a Escola Austríaca de Economia, Robert Murply afirmou que “a teoria do capital e a teoria dos ciclos econômicos são as melhores que encontrei”. A teoria do capital da Escola Austríaca é vital. Enquanto outros ignoram o que é necessário para a estrutura da produção, a Escola Austríaca não o faz. Os combustíveis fósseis deveriam ser uma prioridade no mundo de hoje – não porque sejam os mais eficientes no nível do bem de consumo, mas porque sem os combustíveis fósseis toda a estrutura de produção da economia moderna desmorona. Robert Murply afirmou
ENVIADO POR NINO REPPUCCI