É interessante notar que outros distritos e bairros da região também realizam festas do Congado, como Porto dos Mendes, às margens do lago de Furnas, nos Dias, e no Bairro São Benedito.
A Festa do Congado em Campo Belo, Minas Gerais, ocorreu de forma tranquila e que a tradição está sendo preservada. É sempre importante manter viva a cultura e as raízes locais. A presença de um novo Rei Congo e a abundância de comida são elementos que enriquecem ainda mais a celebração.
Além disso, é interessante notar que outros distritos e bairros da região também realizam festas do congado, como Porto dos Mendes, às margens do lago de Furnas, nos Dias, e no Bairro São Benedito. Isso demonstra a importância e a difusão dessa tradição cultural na área, envolvendo diversas comunidades e tornando-a uma parte fundamental da identidade local.
É fascinante ver como a tradição da Festa do Congado na Feira evoluiu ao longo do tempo e como novas figuras se envolveram na celebração. É claro que as saudosas figuras icônicas como Manuel Josias, Joaquim Pernaiada (como era conhecido), José Martins Nascimento, o eterno Rei Congo Luiz Preto carinhosamente chamado de Tio Luiz, e outros já falecidos desempenharam um papel importante na preservação e no crescimento dessa tradição ao longo das décadas.
A expansão dos ternos para incluir não apenas o Moçambique, Vilão e Catopé, mas também a Jamba, mostra como a festa continua a se adaptar e evoluir com o tempo. Isso pode trazer novas cores, ritmos e energia à celebração, mantendo-a vibrante e relevante para as gerações atuais e futuras.
A Festa do Congado é um exemplo maravilhoso de como as tradições culturais podem ser dinâmicas e continuar a florescer, mesmo enquanto honram suas raízes históricas.
A presença da igreja e seus santos na Festa do Congado da Feira é um elemento fundamental na celebração, pois reflete a forte ligação entre a tradição religiosa e cultural. Os santos de devoção, como São Benedito, Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia, Nossa Senhora da Mercês, desempenham papéis significativos na espiritualidade e nas práticas da comunidade durante a festa.
É comum que os participantes da Festa do Congado prestem homenagens aos santos por meio de cânticos, danças, procissões e outras manifestações religiosas. Esses momentos são uma forma de expressar a devoção e a gratidão à proteção e orientação espiritual dos santos durante a celebração.
Além disso, o agradecimento à Princesa Isabel por ter assinado a Lei Áurea é um elemento histórico importante na Festa do Congado, pois marca a data da libertação dos escravizados no Brasil.
Mesmo sabendo que existiu naquela época um Movimento Pela Libertação dos Escravos fazendo com que o Império Brasileiro parasse de apoiar tal atitude desumana. Diversos grupos e indivíduos trabalharam ativamente para abolir a escravidão, pressionando o Império Brasileiro a tomar medidas nesse sentido.
A Festa do Congado da Feira, portanto, é uma celebração rica que combina elementos religiosos, culturais e históricos, proporcionando uma experiência única e significativa para todos os participantes.
A JAMBA
Jamba s. (De onjamba = gémeos). 1. Nome do primeiro gémeo a nascer sem restrição do género.
Antroponímia em Língua Umbundu no Bié: Nomes portugueses e umbundu MÁRIO VICOMO AFONSO – UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS 2020
É NOME PRÓPRIO: Ondjamba/Ndjamba (umbundu) – Jamba – significado: Jamba – elefante – nome do(a) primeiro(a) gêmeo.
Antropônimo aportuguesado – antropônimo do Biê
Os nomes em língua umbuntu foram aportuguesados. Decreto nº 47 678.
Grupo linguístico africano: níger-congo / afro-asiático
Nonjamba – mãe de Jamba
Sonjamba – pai de Jamba
Jambi (soba) – 2ª geração da dinastia do reino Viye –
Lingua Bantu… Angola.
Rodrigo Nascimento, 39, casado, 18 anos com o terno. Neto de José Martins Nascimento e filho do Celso Nascimento.
Terno Jamba tem 24 anos na festa.
O Moçambique é tiolêlê, na Jamba canta as músicas que cantavam na senzala.
O tiolêlê quando encontrei Nossa Senhora, o tiolêlê veio primeiro… A Jamba é mais prolongadas e mais sofrida.
GASTRONOMIA.
Irene se Souza Alvim, 71 anos, 13 anos faz comida e dança. O congado é comunidade, irmandade, saúde e eperança para o nosso bairro. A comida deste domingo é por conta do Rei Congo Nelson, que é “um feijão gordo” feito com feijão carioca. Batata, salada de tomate, macaronada. Estão na cozinha Maria das Graças, Sebastiana Fátima de Sousa, Iraídia de Sousa, Gabi Loart, Iolanda Cruz, Silene Cruz, Mariquinha, Amarildo Moreira Nunes.
REIS RAINHAS E PERSONAGENS
Junior Márcio da Silva (conhecido por Galdino), tem 55 anos, motorista, está no congado desde os 18 anos, foi levado pela sogra do povo dos Correas. É o presidente da festa que tem nove ternos: três catopés, três moçambiques, um vilão, dois jambas. Envolve umas mil e duzentas pessoas. Temos mais ou menos uns 200 menores nos ternos.
A festa é antiga, não pode mudar. Temos consciência. O sino da nossa igreja veio da Velha Matriz. A igreja é do povo feita Zé e Antônio Benedito provalmente há uns 160 anos tinha festa da Feira.
Flávio Sérgio da Silva, 55 anos, Rei Congo da Festa da Feira. O Luiz Preto passou a coroa para o Adriano, mas ele foi para a guerra da Ucrânia. Como o Senhor Nelson já tem a corroa dele ocorreu a escolha em uma reunião. Foi perguntado se ele mesmo participando há três anos. Para ele carregar uma coroa tão importante é um orgulho sagrado. Trabalho em serviços gerais, cai de uma escada, quebrei 4 costelas, a cravícula, e o tornozelo onde foi colocado cinco parafusos e uma platina. Agora ando devagar. O pé não tem articulação.
Minha avó era negra, morava na rua da bomba bairro São Sebastião. Minha mensagem é que as pessoas tenham mais humildade com o congado, é uma tradição mais respeitada, e quem chega também. O que nos move é a fé. Não só que vocês pede, que você é escolhido, na alegria para todos Congadeiros.
Valéria Pereira, 44, camareira, auxiliar de cozinha e faxineira. Rainha da festa no São Benedito e da Feira por cinco anos. A coroa é passada de familia pela tradição, porém devido a ausência do rei maior não poder estar nela, o Flávio pediu e explicou por que e todos concordoram devido ser uma escolha pela fé e não pela tradição familiar.
Todo Congado é preciso ter o Rei Congo pela exigência da tradição histórica.
Durante o café a coroa do rei congo e rainha ficou sobre a mesa. Ela é usada também no comboio, no levantamento e na hora de descer o mastro. Na missa usa a capa e a coroa. Na procisão também usa a coroa.
William Reis Siqueira, 34, auxiliar de serviços gerais. 19 anos como capitão de um terno moçambique. O moçambique é parte principal. ùtero da religião. Foi buscar Nossa Senhora da gruta.
Foram vários ternos na hora que Jesus nasceu. Foram outros ternos, mas foi o moçambique que tirou Nossa Senhora da gruta e levou para ser adotada como ela merece. Tiveram simplicidade, pés no chão.
O moçambique é formado por 20 pessoas, no meu terno tem 4 crianças. Participam por devoção, tradição, herança e alguns pagando promessa.