ELTON DA COSTA PINTO
Desfaçamos os equívocos. O DNA deste Pacto de Elites composto na sua imensa maioria por lideranças políticas clientelistas e oportunistas é oriundo do Reinado de Dom Pedro I, um Monarca Absolutista, que em 12 de Novembro de 1823 de forma arbitrária dissolveu a Assembleia Constituinte impondo na Magna Carta de 1824 o Poder Moderador.
A partir daí o primeiro Parlamento, fisiologicamente, se rendeu ao poder imperial, visando buscar vantagens e benesses.
Todavia, trairam a Monarquia em 15 de Novembro de 1889 ao depor Dom Pedro II instalando a República para atender os interesses dos burgueses tupiniquins, no melhor estilo francês, ou seja possuíam dinheiro, mas não tinha poder.
Assim nasceu este grupo elitista que a partir dos anos oitenta do século passado, se convencionou chamar de CENTRÃO, integrada por representantes dos cafeicultores mineiros e paulistas juntamente com as oligarquias do Nordeste, Norte, Sul e Centro Oeste.
A ação política desta gente podemos definir como farsa e tragédia, porém, consolidada na Presidência de Manuel Ferraz Campos Sales com a Política do Café com Leite fortemente influenciados pelo setor agrário dos estados de Minas Gerais e São Paulo articulando os mais absurdos acordos para eleições de governadores, presidentes, ao gosto das elites, excluída a participação popular.
O exercício da política desde a República Velha (1889 a 1930) passou a ser um negócio de pai para filho. E continua até os dias atuais sob a batuta do CENTRÃO.